Dom Livresco é um espaço de estímulo da leitura e discussão dos clássicos. Por meio de métodos qualificados, promovemos oportunidades para a reflexão e o compartilhamento da experiência de leitura, combinando duas práticas que desde sempre se mostraram benéficas ao indivíduo: a leitura de um bom livro e uma amigável conversa em grupo.

Por que conversar sobre livros?

A leitura de bons livros enriquece a experiência pessoal e ajuda a estruturar a nossa visão de mundo.

Bons livros expositivos ampliam nossa compreensão da realidade ao nos colocar em diálogo com os grandes pensadores do passado ou do presente, permitindo que nossa reflexão se dê a partir do que melhor produziu o espírito humano.

A leitura de bons livros imaginativos, por sua vez, constitui um ato de liberdade e confiança, ao dedicarmos nosso tempo a uma atividade absolutamente inútil do ponto de vista das exigências imediatas da realidade. É um meio de alívio e renovação psicológica, ao abrir frestas na nossa representação da realidade como um todo, que em maus momentos pode adquirir tons sombrios e densidade sufocante. A literatura leva a imaginação para passear ao ar livre. É nossa espontaneidade imaginativa que visualiza, preenche as entrelinhas e fornece as perspectivas e o colorido daquilo que se lê, recorrendo para isso às suas fontes autênticas.

A par disso, o compartilhamento em grupo do que se leu, além de prazeroso, amplia as nossas perspectivas interpretativas e fomenta a tolerância e a empatia. O diálogo respeitoso pressupõe a alteridade como um componente autenticamente humano – o reconhecimento de que nos humanizamos quando não nos fechamos ao outro, mostrando-nos dispostos a reconhecê-lo e escutá-lo atentamente, ainda que dele discordemos.

Por que os clássicos?

Os clássicos, independentemente da época em que foram escritos, trazem elementos universais da condição humana – o que aliás explica a sua duradoura influência literária.

Faz-se necessário desmistificar a leitura dos clássicos, trazendo-os de volta para o leitor comum, que muitas vezes se intimida diante deles, acreditando erroneamente que a sua leitura depende de elevada erudição literária, esquecendo-se de que o clássico é clássico justamente por se comunicar com todas as épocas – incluindo a nossa.